Mostra com pesquisa e curadoria do MAC-PR está em cartaz no hall da SECC e foi prorrogada até o fim do mês
Na mostra, o visitante pode ver a cronologia da vida da crítica de arte Adalice Araújo (1931-2012), considerado o principal nome na análise da arte paranaense, que também foi professora, pesquisadora, historiadora e poeta. Há ainda fotografias e algumas de suas críticas em jornais (publicadas entre 1987 e 1988), que estão disponíveis em uma Praça de Leitura no meio da exposição, junto com dois volumes do Dicionário das Artes Plásticas do Paraná, considerada a obra máxima da crítica.
Passeio histórico
Além de conhecer a vida e obra da crítica, a exposição também é uma boa oportunidade para passear pelo prédio histórico da secretaria: a edificação, que tem projeto do engenheiro Afonso Teixeira de Freitas e construção de José Bienek, teve as obras iniciadas em 1903 e inaugurou no ano seguinte. Abrigou, até 1953, o Gymnasio Paranaense (hoje Colégio Estadual do Paraná). Desde 1979, o prédio, cuja construção se caracteriza pelos elementos neoclássicos, é sede da Secretaria de Estado da Cultura, hoje Superintendência da Cultura.
Vida e obra
Nascida em Ponta Grossa em uma família de ervateiros, Adalice Araújo iniciou sua formação artística nos anos 1950, no curso superior de Pintura da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Logo na sequência, seguiu para uma especialização na Itália. De volta ao Brasil, criou e presidiu o Círculo de Artes Plásticas do Paraná, com ateliê coletivo no subsolo da Biblioteca Pública do Paraná, onde começaram artistas como Helena Wong e Antonio Arney.
Na década seguinte, estudou outras técnicas, como gravura, xilogravura, desenho e crítica teatral. Em 1969, iniciou sua carreira jornalística no Diário do Paraná com a coluna Artes Visuais, também publicada no jornal Gazeta do Povo entre 1974-1976 e 1978-1994. Em 1971, passou a integrar a Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).
Foi professora no departamento de Filosofia, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná (UFPR); dirigiu o MAC-PR entre 1987 e 1988 e desenvolveu projeto de descentralização do 44º Salão Paranaense. Em 2003, recebeu o Prêmio Mário de Andrade da ABCA e, em 2006, publicou o Volume 1 do Dicionário das Artes Plásticas do Paraná (verbetes de A e C) — o segundo, de D a K, foi publicado postumamente. Faleceu em 8 de outubro de 2012, em Curitiba.
Serviço:
Exposição “História sem fim: O pensamento revolucionário de Adalice Araújo”
Hall da Superintendência de Cultura da Secretaria de Estado da Comunicação e Cultura – Sala Adalice Araújo.
Rua Ébano Pereira, 240, Centro.
Visitação de segunda a sexta-feira das 9h às 12h e das 13h30 às 18h. Sábados, das 9h às 13h.
Período expositivo: até 28 de junho de 2019
Entrada gratuita