Morretes recebeu entre os dias 10 e 13 de fevereiro o projeto “Folia Caiçara”, um dos mais vibrantes e diversificados festivais culturais do Carnaval de 2024. A festividade, que aconteceu na histórica cidade litorânea, não apenas celebrou mas também prestou tributo à rica diversidade cultural e territorial da região e população caiçara, valorizando a cultura local. O evento foi viabilizado via Edital Paraná Festivais da Lei Paulo Gustavo no Paraná.
O festival, que ocorreu na Praça de Porto de Cima, entregou uma programação que destacou as expressões artísticas locais. Entre os três dias de festa, foi estimado um público de 250 pessoas por dia. Entre os destaques, o Bailé com Kre do Grupo Baquetá, "Boi de Mamão", e "Dona Mariquinha", um grupo de Fandango composto exclusivamente por mulheres. O "Coral Indígena Nhe’e Porã Nbya Guarani" trouxe sua voz para enriquecer ainda mais o evento, ao lado das escolas de samba locais, que levaram o espírito carnavalesco às ruas de Morretes.
Os visitantes ainda puderam acompanhar a apresentação da "Roda das Manas", do grupo "Fuá da Serra", da Patrícia Mar e da banda Gaia Piá. A percussão vibrante do Maracatu Baque Mulher – Matinhos também foi presença confirmada para agregar ainda mais energia à celebração.
Além dos espetáculos, o público teve oportunidade de participar de oficinas que exploraram tradições como a escola de samba, a "Roda das Manas" e o fandango. Um ponto alto do evento foi a homenagem ao Mestre Martinho, figura essencial na preservação das tradições do fandango em Morretes. Exposições com fotos, discursos e uma demonstração de sua técnica única: foi uma oportunidade imperdível para todos os participantes.
A "Folia Caiçara" foi um projeto gratuito que visou fortalecer a cultura local, valorizar a identidade morretense e impulsionar o desenvolvimento territorial sustentável. Com uma equipe técnica e artística diversificada, composta majoritariamente por mulheres, negros, ribeirinhos, indígenas, pessoas de baixa renda e indivíduos da terceira idade, o evento promoveu inclusão e representatividade. Além disso, garantiu a acessibilidade em Libras e contou com a Casa Consultoria, equipe preparada para atender o público cego.
Projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura – Governo Federal.