Emoção e casa cheia: Orfeu e Eurídice marca temporada do Balé Teatro Guaíra no Guairão

O espetáculo marcou com aplausos calorosos as únicas apresentações do Balé Teatro Guaíra no Guairão neste primeiro semestre de 2025. A temporada marca o início da intensa agenda do BTG neste ano, que já começou em Portugal e seguirá por várias cidades brasileiras e também no Exterior.
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12/05/2025 - 14:59
Editoria

Com casa cheia nas três sessões entre os dias 9 e 11 de maio, somando público de quase 5,5 mil pessoas, o espetáculo Orfeu e Eurídice marcou com emoção e aplausos calorosos as primeiras - e únicas - apresentações do Balé Teatro Guaíra (BTG) no Guairão neste primeiro semestre de 2025.

A temporada marca o início da intensa agenda do BTG neste ano, que já começou em Portugal e seguirá por várias cidades brasileiras e também no Exterior. Para o público curitibano, Orfeu e Eurídice emocionou com uma amostra sensível da arte, do amor e da tragédia, entrelaçados no movimento do corpo e no som ao vivo.

A montagem, que estreou em 2024, retornou ao palco do Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto trazendo uma potente releitura do mito grego, de Orfeu, que desce ao mundo dos mortos para resgatar sua amada Eurídice. No entanto, ao quebrar a única condição imposta pelos deuses, ele a perde para sempre.

O espetáculo propõe um olhar contemporâneo sobre essa história de amor e perda, incorporando elementos das danças urbanas à linguagem do balé contemporâneo, com trilha sonora executada ao vivo.

“Mesmo sabendo da história, a gente ficou torcendo até o final. É lindo demais”, disse a servidora pública Maíra Cabral Juliano, que assistiu ao espetáculo ao lado do companheiro, o professor Augusto Clemente. “Quando tem o conjunto com os músicos, eu não sei para onde olhar. A música ao vivo dá um diferencial incrível”, completou.

A direção do espetáculo é assinada por Luiz Fernando Bongiovanni, também diretor do Balé Teatro Guaíra, em parceria com o coreógrafo convidado Eládio Prados. A trilha sonora é de Ed Cortes e mistura bases eletrônicas à execução ao vivo de músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná, reunindo instrumentos como harpa, cello, guitarra elétrica, saxofones e percussão. O espetáculo conta ainda com cenografia de Renato Theobaldo, figurinos de Cássio Brasil, iluminação de Lucas Amado e consultoria artística do CircoCan, que introduz elementos aéreos à performance.

“Eu vim assistir mais uma vez porque, como trabalho com dança, é sempre uma oportunidade de enxergar novos detalhes. A mistura das danças urbanas com o balé chamou muito a minha atenção, e os figurinos e o cenário estavam impressionantes”, afirmou a bailarina Rafaela Ribeiro. “A trilha sonora ao vivo também é um diferencial enorme, o Ed Cortes é um produtor musical maravilhoso”, afirmou.

A próxima parada do BTG será em Belo Horizonte (MG), com o clássico Romeu e Julieta, de 27 a 29 de junho. Em julho, a companhia apresenta Contraponto em São Paulo, e em agosto embarca novamente para a Europa para uma nova temporada na Dinamarca.

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