Museus abrem no feriado e Festival de Curitiba prossegue até o domingo de Páscoa 05/04/2023 - 10:39

As instituições estão repletas de mostras que são excelentes opções para um passeio cultural no feriado da Páscoa, começando na Sexta-Feira da Paixão (07) com portas abertas. Os visitantes podem fazer o circuito dos museus estaduais que ficam na região central. A entrada é gratuita, com exceção do Museu Oscar Niemeyer, cujos ingressos são vendidos a R$ 30 e R$ 15 (meia). Já os auditórios do Centro Cultural Teatro Guaíra seguem com os espetáculos do Festival de Curitiba, entre eles a aguardada apresentação de dança do premiado Grupo Corpo, com “Primavera” e “Breu”. Confira:

MAC-PR (no MON)

“Forjada pelo Tempo” – Com obras do Coletivo Duas Marias, do município de Cascavel, Oeste do Paraná. A mostra faz uma analogia entre as divindades da mitologia universal com o ser feminino contemporâneo. Deusas e heroínas de distintas culturas criam vida através das obras do coletivo em fotografia, vídeo e instalação. O Coletivo, formado pelas artistas Nani Nogara e Malu Rebelato, trabalha com a poética de crítica à condição da mulher abordando a igualdade de gênero, promoção do protagonismo e empoderamento do feminino. 

"Os Significadores do Insignificante" – A exposição inédita de Efigênia Rolim e Hélio Leites tem concepção de Estela Sandrini, com curadoria de Dinah Ribas e Maria José Justino. São apresentadas cerca de 260 obras, muitas inéditas, advindas de acervos institucionais e particulares.

MUSEU CASA ALFREDO ANDERSEN

“Acervo Andersen” – O museu é a “casa” de uma inestimada coleção do pai da pintura paranaense, contendo, além de pinturas, objetos do artista e seu ateliê original. Uma novidade no acervo é a exposição do retrato de Olímpia Carneiro (1902), pintura a óleo de 176 centímetros de altura.

“Pintura + Docência” – Com a curadoria de Marcelo Conrado, a mostra exalta a pintura das professoras-pintoras Dulce Osinski, Juliane Fuganti, Mazé Mendes, Rossana Guimarães e Teca Sandrini, e dos professores-pintores Alfredo Andersen, Fernando Calderari, João Osório Brzezinski, Ricardo Carneiro e Ronald Simon.

“Matéria e Memória” – Com a curadoria de Lavalle, a mostra combina elementos da pintura com elementos arquitetônicos e arte contemporânea, onde a artista e Daniela Marton convida os visitantes a explorarem a relação entre suas experimentações físicas e os diferentes sentimentos e contextos subjetivos da artista, como detalhes de paisagens urbanas, e até mesmo reflexos do período de isolamento social.

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

MIS-PR no Festival de Curitiba – São os últimos dias da Mostra Warly Ribeiro, programa que faz parte de Interlocuções, mostra paralela do Festival de Curitiba. As exibições acontecem dia 05 com "As Richas" (1992), e "3 Centina 3" (1996), sempre às 16h e com entrada gratuita. No sábado (08), das 10h às 12h, o museu recebe os agentes culturais Nena Inoue e Beto Bruel para a mesa-redonda Registro do Teatro em Curitiba, em um bate-papo que remonta historicamente a potência das artes cênicas da capital e resgata a produção de Warly.

"Kalk – 91 anos de história" – Com a curadoria de Sérgio Sade, a mostra homenageia a trajetória do curitibano José Kalkbrenner, expert da fotografia publicitária e do fotojornalismo por meio de retratos, histórias e objetos pessoais. Esta é a última semana para visitação.

“Tridimensionais” – O museu é guardião de um grande acervo de tridimensionais como com TVs, rádios, radiolas, vitrolas, máquinas fotográficas, projetores e outros equipamentos audiovisuais encontrados por todo o seu espaço.

“Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé” – A exposição apresenta ao público artefatos tradicionais de religiões de matriz africana, objetos de culto e signos imateriais de terreiros curitibanos. A mostra também traz uma contrapartida ecológica com a campanha Tech Trash, iniciativa dos coletivos Aoca Eco Arte e Paraná Lixo Zero, que conta com o MIS-PR como ponto de coleta de itens eletrônicos em desuso.

"Acervo Tiomkim" – Com peças do acervo doado pelos herdeiros de Tiomkim, ícone do audiovisual paranaense que dedicou sua vida ao cinema. Podem ser encontrados filmes, livros, revistas e entre outros objetos.

Sala "FotograMe-se" – Um espaço interativo criado para despertar a imaginação dos visitantes, que incentiva a experimentação fotográfica do local.

MUSEU PARANAENSE

“Mejtere: histórias recontadas” – Exposição de longa duração resultado de projeto de curadoria compartilhada entre a instituição e indígenas. A mostra reverbera uma pluralidade de vozes indígenas, que refletem novas perspectivas sobre as coleções etnográficas do museu a partir do encontro do grupo de estudantes indígenas com o acervo do MUPA.

“Coleção à brasileira: uma visita à colecionadora-diarista” – Na instalação, o artista Everton Leite traz ao público um significativo conjunto de diferentes utensílios e objetos domésticos colecionados por sua mãe no período em que ela trabalhou como diarista.

“Lange de Morretes: entre-paisagens” – A exposição apresenta um significativo conjunto de obras do artista paranaense Lange de Morretes, como pinturas, desenhos de paisagens e autorretratos, além de materiais relacionados às suas investigações científicas. Curadoria de Marco Baena.

“Ante ecos e ocos” – A mostra de longa duração apresenta a cultura afro-brasileira por meio de um recorte mais local, abrangendo as heranças africanas do Paraná, a partir de objetos que integram o acervo do MUPA.

“Nosso estado: Vento e/em Movimento” – Formada por dois eixos: Deslocamentos por dentro e Deslocamentos pela margem, a exposição propõe um mergulho na história de algumas das diversas comunidades que formaram o Estado do Paraná por meio de vídeos-depoimentos que se relacionam com objetos do acervo do museu. 

“Ainda sempre ainda” – A exposição individual da artista mineira Marilá Dardot traz um conjunto de trabalhos que atravessam a memória constituída pela cultura: de obras que lidam com livros, literatura e linguagem até as que tratam de temas apagados da história por posições políticas, censura, gênero ou pelo tempo.

“Ephemera/Perpétua” – Com caráter amplamente multidisciplinar, a exposição apresenta mais de 180 peças do acervo do Museu Paranaense, que é um dos mais importantes da América Latina nos campos da antropologia, arqueologia e história.

“Eu Memória, Eu Floresta: História Oculta” – A mostra apresenta a erva-mate a partir de eixos como os usos e saberes da planta dos povos indígenas do Sul do Brasil, seus primeiros locais de cultivo da planta, o beneficiamento artesanal por pequenos produtores e aspectos ligados à representação científica e artística da natureza feitas por viajantes estrangeiros e pesquisadores.

“Conflitos Armados no Paraná” – Na exposição, o visitante pode tomar contato com a Guerra da Tríplice Aliança, a Revolução Federalista e o Movimento do Contestado por meio de objetos, fotografias e documentos do acervo do MUPA.

“Numismática e cultura material: Coleções do Museu Paranaense” – Ao longo de sua trajetória, o Museu Paranaense se destacou como bastião da vanguarda científica, criando coleções de estudos que auxiliaram gerações e pesquisadores e permitiram à sociedade paranaense conhecer seu passado e compreender os desdobramentos na contemporaneidade. Entre tais coleções destacam-se as numismáticas.

“Arqueologia Pré-Colonial do Paraná” – Na exposição podem ser observados vestígios relacionados a diferentes ocupações humanas, a partir de 15 mil anos atrás, no atual território paranaense. Na visita faz-se uma grande viagem no tempo e no espaço por cerca de mil peças arqueológicas dispersas em vitrines, dioramas e contextualizadas com painéis e maquetes.

“Cidades coloniais espanholas e missões jesuíticas Jê e Guarani – séculos XVI e XVII” – Podem ser visualizadas materialidades híbridas, testemunhas de alianças e conflitos entre os povos originários e europeus, além de aspectos da estética e do imaginário revelados por vestígios arqueológicos e memórias documentais que apontam a relevância desse período na compreensão do passado paranaense.

MUSEU OSCAR NIEMEYER

“Carne Viva” – Ambiguidade da Forma” – A mostra conta com 55 obras dos artistas Washington Silvera, Hugo Mendes, Eliane Prolik, Cleverson Salvaro, Cleverson Oliveira, Cíntia Ribas e Carina Weidle. Também traz textos poéticos de Arthur do Carmo. Sala 07. Com curadoria de Bruno Marcelino e Jhon Voese.

“Jaume Plensa – Invisível e Indizível” – Com uma trajetória artística de mais de 40 anos, Plensa é um artista reconhecido mundialmente por suas obras de grande escala e instalações no espaço público que o consolidaram como o mais importante artista catalão de sua geração. A mostra tem curadoria de Marcello Dantas. Espaço Olho.

“Afinidades II – Elas!” – Nessa segunda edição, um grupo de artistas mulheres, de diversas regiões do Brasil, foi convidado a participar, a partir de uma imersão na coleção permanente de obras do Museu Oscar Niemeyer. Com curadoria de Marc Pottier, a mostra reúne dez artistas brasileiras, com a intenção de ser uma celebração da arte feita por mulheres.

“Poty, entre Dois Mundos” – Com curadoria de Maria José Justino e assistência de curadoria de Juliane Fuganti, a exposição traz um recorte da maior coleção já doada à instituição, com aproximadamente 4,5 mil obras. Possibilita ao público perscrutar um Poty ambivalente: a experiência mística e transgressiva, a contemplação e os sentidos, o amor divino e o carnal narrados por belas imagens.

“Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses” – Com curadoria do professor e diplomata Fausto Godoy, doador da coleção asiática ao museu, a mostra traz obras nunca antes expostas, com o objetivo de alcançar públicos ainda maiores e democratizar cada vez mais o acesso ao acervo. Sala 05.

“Sou Patrono” – As 78 obras de arte adquiridas nos últimos anos com recursos do patronato pelo MON podem ser vistas pelo público. Sala 02.

“Luz & Espaço” – A mostra tem a proposta de materializar, por meio do design, objetos iluminantes e instalações luminosas, colocando arte e design no mesmo patamar. Diversas correntes de estilo e abordagens, da rica produção local, reforçam suas conexões profissionais e lançam cenários criativos. 3º andar da Torre do Olho.

“Bancos Indígenas do Brasil” – A mostra reúne mais de 200 bancos, pertencentes à Coleção BEĨ, provenientes de 40 etnias da Amazônia. Sala 06. Curadoria de Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim. Esta é a última semana para visitação. 

“MON sem Paredes” – O inédito projeto “MON sem Paredes – Artistas Conquistam os Jardins do MON” traz obras dos artistas Gustavo Utrabo e Mariana Palma que ocupam pela primeira vez o icônico espaço de área verde ao lado do museu, chamado de Parcão. A proposta e a curadoria do projeto são de Marc Pottier.

CENTRO CULTURAL TEATRO GUAÍRA

Orquestra Didática – Nos dias 6, 11, 12 e 13 de abril está aberta ao público das 10h às 17h a instalação artística que mostra por meio de sons, imagens e textos a função de cada elemento do grande conjunto de músicos ao executar uma sinfonia. A mostra fica na sala ao lado da bilheteria e basta comparecer. A entrada é gratuita.

Amar e Mudar as Coisas Interessa Mais – Coro Cênico de Curitiba – Inicia na quarta-feira (12) e vai até domingo (16), o espetáculo musical que propõe um novo sentido para o amor e a revolução em diferentes formas de canto, ancestralidade, nacionalidade e cultura. Terça a sábado, às 20h; domingo, às 19h, no Teatro José Maria Santos, localizado na Rua Treze de Maio, a R$ 10 (dez reais) o ingresso.

O Festival de Curitiba está presente nos palcos do Centro Cultural Teatro Guaíra:

Guairão – Na quinta-feira (06), entra em cena o último trabalho dirigido por Jô Soares (1938-2022) no teatro: “Gaslight – Uma Relação Tóxica”, um dos maiores sucessos da história da Broadway. O fim de semana de feriado será marcado pela dança, sábado (08) e domingo (09), com o célebre Grupo Corpo com duas peças, “Breu e Primavera”.

Guairinha – Já no auditório Salvador de Ferrante (Guairinha), a semana fecha com “A Invenção do Nordeste”, que desconstrói o mitos sobre “ser nordestino”, com sessões no sábado (08), 20h30 e no domingo (09), 19h.

Teatro Zé Maria – Na quinta (06), é a vez de estreia nacional e premiada: no solo “Sobrevivente”. A atriz curitibana Nena Inoue investiga as origens e apagamentos na vida das mulheres da família dela. Já “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”, da Cia Dos à Deux, é uma história de amor contada sem palavras entre o teatro, a dança e as artes visuais, no sábado (08), 20h30 e no domingo (09), 19h.

Miniauditório – O auditório Glauco Flores de Sá Brito (miniauditório) é a casa do Fringe, mostra independente no Festival. Confira a programação em AQUI.

Endereços 

Museu Oscar Niemeyer (MON)

Rua Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico, Curitiba

(41) 3350-4468 / 3350-4448

Museu Paranaense (MUPA)

Rua Kellers, 289 – São Francisco, Curitiba

(41) 3304-3300

Museu da Imagem e do Som (MIS-PR)

Rua Barão do Rio Branco, 395 – Centro, Curitiba

(41) 3232-9113

Biblioteca Pública do Paraná (BPP)

Rua Cândido Lopes, 133 – Centro, Curitiba

(41) 3221-4951

Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA)

Rua Mateus Leme, 336 – São Francisco, Curitiba

(41) 3222-8262

Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR)

Funcionando temporariamente no Museu Oscar Niemeyer, Salas 8 e 9

Rua Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico, Curitiba

(41) 3323-5328 / 3222-5172

Sala Adalice Araújo

Rua Ébano Pereira, 240 – Centro

Canal da Música – Grande Auditório

Rua Julio Perneta, 695 – Mercês, Curitiba

(41) 3331-7579

Centro Cultural Teatro Guaíra

Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão) – Rua Conselheiro Laurindo s/n – Centro, Curitiba

Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha) – Rua XV de Novembro, 971 – Centro, Curitiba

Auditório Glauco Flores de Sá Brito (Mini Guaíra) – Rua Amintas de Barros s/n – Centro, Curitiba 

Teatro José Maria – Rua Treze de Maio, 655 – São Francisco, Curitiba

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