O primeiro dia do III Fórum Brasileiro de Museus da Imagem e do Som foi marcado por grupos de trabalho, conversas sobre preservação audiovisual e oficinas sobre novas tecnologias de armazenamento digital. Com a presença de 44 Museus da Imagem e do Som de todas as regiões do Brasil no MIS-PR, em Curitiba, o evento marca a união das instituições de preservação da memória do país, destacando os atuais desafios e oferecendo alternativas para o fortalecimento do MIS em Rede.
Com início na noite do dia 26, os participantes do Fórum também puderam participar da reinauguração do prédio histórico do MIS-PR, que reabriu suas portas após uma transformação de sua área expográfica que teve início em setembro deste ano.
O dia 27 marcou o primeiro dia completo de atividades, começando com a Formação de Grupos de Trabalho sobre educação museal, comunicação, preservação e pesquisa, e difusão. Ao lado da diretora do MIS-PR, Mirele Camargo, ministraram os GTs: Thiago Velozo (MIS-BH), Gisele Garcia (MIS-GO) e Aline Albuquerque (MIS-CE).
A masterclass ministrada por Dalton Martins, do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), provocou ideias e análises de novos modelos de acervo, tendo em vista a expansão dos MIS. Segundo o coordenador: “No final, o que se tornou claro é que precisa-se criar uma agenda de pesquisa brasileira sobre o tema, tão permeável ao espaço dos MIS. Precisa-se reunir pesquisadores e profissionais que se debrucem sobre o tema para criar soluções mais baratas, sustentáveis e nacionais sobre a preservação e difusão de acervo”, afirma.
Na parte da tarde, foram oferecidas oficinas sobre novos meios de difusão de acervos da imagem e som, dando destaque à plataforma Tainacan e como usar essa e outras plataformas na construção de inventários de bens culturais audiovisuais. As oficinas foram conduzidas por representantes do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, Secretaria de Audiovisual e Universidade Federal do Alagoas.
As palestras focaram na preservação audiovisual e de acervos em película. Com um olhar técnico e histórico sobre o tema, Lila Silva Foster, vice-presidente da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA); o professor Saulo Guts, do departamento de engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina e Giovani S. Fontana, e Newmar Corporation ministraram uma aula para os profissionais museais.
Encerrando o primeiro dia de fórum, os GTs se reuniram novamente para discutir os termos que serão propostos na Carta de Curitiba, documento assinado pelo MIS em rede no último dia do evento. Para Mirele Camargo, o primeiro dia firmou o compromisso do MIS-PR com a profissionalização e expansão dos MIS. “Cada instituição museal aqui representada, traz novos olhares sobre situações que permeiam a todos nós. Esse é um evento para fortalecermos nossas equipes e trazer ideias inovadoras e provadoras, para criarmos novos planos de ação e ultrapassar obstáculos.”, destaca.
