Cultura em foco: Governo do Paraná direciona quase R$ 400 milhões em investimentos no setor cultural em 2024

O ano de 2024 foi marcado por expressivos e inéditos avanços no setor cultural paranaense, resultado de quase R$ 400 milhões em investimentos do Governo do Paraná por meio da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC).
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27/12/2024 - 09:00
Editoria

O ano de 2024 foi marcado por expressivos e inéditos avanços no setor cultural paranaense, resultado de quase R$ 400 milhões em investimentos do Governo do Paraná por meio da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC). Com grandes anúncios e o aprofundamento de ações e programas, o ano na Cultura teve a confirmação de construção do primeiro museu internacional de arte em parceria com o Centre Pompidou nas Américas, que será construído em Foz do Iguaçu; o lançamento de dezenas de editais de fomento à cultura e investimentos históricos em modernização e reformas de equipamentos culturais como o Museu Paranaense e Teatro Guaíra. Também foram registrados recordes de visitação de público nos equipamentos culturais do Estado; recordes de público nos espetáculos dos corpos artísticos mantidos pelo Centro Cultural Teatro Guaíra, e a realização de megaexposições do circuito internacional da arte.    

Para a secretária de estado da Cultura do Paraná, Luciana Casagrande Pereira, as ações de 2024 evidenciam o compromisso da SEEC em transformar a cultura do Paraná em um caminho para a inclusão social, valorização da cena cultural paranaense em suas múltiplas expressões e linguagens artísticas e para o desenvolvimento econômico. 

“Com investimentos expressivos, parcerias internacionais e projetos inovadores, a cultura se consolida como elemento central para o fortalecimento da identidade e do futuro do Estado”, afirma. A secretária define ainda que a SEEC tem estruturado todas as suas iniciativas em quatro pilares centrais: Gestão Participativa, Cidadania Cultural, Acupuntura Cultural e Cooperação e Diplomacia. 

No âmbito da gestão participativa, a SEEC fortaleceu seu compromisso de ouvir e dialogar com a sociedade, promovendo conferências, audiências e ciclos de diálogos com gestores municipais e com a sociedade civil. Em 2024, o canal de interlocução entre estado e municípios chamado Ciclo de Diálogo com os Municípios foi ampliado e passou a ter encontros específicos para atender as demandas da sociedade civil, com o lançamento do Ciclo de Diálogo com a Sociedade, tendo a escuta ativa como ponto central para uma gestão mais inclusiva e eficiente. 

Já a partir da ideia de cidadania cultural, que assume a cultura como direito essencial dos cidadãos paranaenses, a Secretaria desenvolveu ações voltadas à inclusão, descentralização e formação cultural. Entre as ações de destaque está o lançamento dos Núcleos Regionais de Cultura, escritórios regionais da Secretaria instalados nos municípios de Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá, Jacarezinho, Francisco Beltrão e Ponta Grossa. Esses escritórios regionais ampliam o acesso às políticas culturais em todas as macrorregiões do Paraná e fortalecem as dinâmicas locais. 

Além disso, todos os editais lançados ao longo do ano pela Secretaria contam com distribuição proporcional de recursos entre capital e municípios, uma mudança histórica que fortalece a descentralização da cultura e dos recursos de fomento em todas as regiões do Paraná. 

Inspirada no conceito aplicado por Jaime Lerner, que trabalhava com a chamada acupuntura urbana, a acupuntura cultural ativa os pontos estratégicos do Estado. Em setembro, a SEEC entregou a primeira reforma estrutural do Museu Paranaense em 20 anos, com apoio da Volvo via Programa Paraná Competitivo. No mesmo mês, o governador Ratinho Junior oficializou o maior investimento da história do Centro Cultural Teatro Guaíra desde sua criação, com R$ 50 milhões destinados à revitalização estrutural e modernização dos equipamentos. O anúncio foi feito no âmbito das celebrações de 140 anos do Teatro Guaíra.   

A cooperação internacional e a diplomacia também ganharam força em 2024, destacando-se pela criação do Museu Internacional em Foz do Iguaçu, uma parceria inédita do Centre Pompidou, da França, nas Américas. Fruto de um investimento de mais de R$ 200 milhões do Governo do Estado, a previsão é que a unidade seja aberta ao público em 2026. “Essa iniciativa posiciona o Paraná como referência na diplomacia cultural, turismo cultural e fortalecimento do circuito internacional de arte a partir do nosso território”, afirma a secretária Luciana Casagrande Pereira. 

Programas inéditos - O segundo semestre do ano foi marcado pelo lançamento de programas inéditos. O Programa Mobilidade Cultural, por exemplo, publicado em novembro de 2024, chega para conceder bolsas de mobilidade artística e cultural para profissionais do setor cultural paranaense que necessitam de apoio financeiro para cobrir despesas associadas a viagens e atividades de formação. A ideia é que profissionais utilizem os recursos destinados no chamamento para que possam, por exemplo, participar de eventos, apresentar seus trabalhos em festivais, premiações, feiras e realizar cursos de qualificação.

Ao longo do ano, a Secretaria da Cultura avançou também no projeto Observatório da Cultura, em parceria com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), trabalhando no levantamento técnico do impacto econômico que o setor cultural desempenha no estado do Paraná. O observatório iniciará a divulgação de dados e indicadores para embasar as políticas culturais e, em breve, será lançado o PIB da cultura paranaense.

“Esses indicadores serão balizas para as políticas públicas e também para medir a importância das atividades culturais. Se o Paraná hoje está posicionado como a quarta maior economia do País, com certeza a economia da cultura tem uma fatia grande nesse indicativo”, afirmou Jorge Callado, diretor-presidente do IPARDES.  

Museus -  O Museu Oscar Niemeyer, maior museu da América Latina, completou 22 anos em novembro e para celebrar a data os visitantes foram presenteados com entrada gratuita para todos os públicos. Três novas exposições inéditas foram inauguradas, e foram entregues obras de infraestrutura, como novos guarda-volumes, iluminação da área externa do Museu e bilheteria. Em 2024, foram mais de 500 mil visitantes no MON e no MAC-PR, que ocupa temporariamente as salas 08 e 09 do Museu Oscar Niemeyer devido à reforma em sua sede original.

O MAC-PR também apresentou importantes novidades sobre a ampliação e integração de seus espaços expositivos. Em março, o Governo Estadual anunciou a construção da Fábrica de Ideias, um novo centro de inovação no bairro Rebouças, em Curitiba, que receberá uma extensão do museu. A respeito da reforma na sede histórica, as secretarias estaduais de Cultura e Cidades seguem trabalhando conjuntamente para a revitalização completa do museu. A previsão é que o novo edital seja publicado no começo do ano que vem, com obras iniciando em 2025.

Já o Museu Paranaense (MUPA), terceiro museu mais antigo do Brasil, alcançou mais uma vez um recorde de público, com mais de 147 mil visitantes — 4 mil a mais do que em 2023. Desses visitantes, mais de 9 mil participaram de atividades promovidas pelo Núcleo Educativo, que em 2024 foi premiado na 9.ª edição do Prêmio Darcy Ribeiro de Educação Museal, criado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para reconhecer e valorizar ações de educação museal nacionais que fortaleçam o museu como espaço de produção e disseminação de conhecimentos.

O Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR) completou 55 anos de existência no ano de 2024 com avanços na preservação e difusão do patrimônio audiovisual paranaense. Dentre os passos importantes estão a ampliação da área expositiva e de reserva técnica, a revitalização de espaços históricos e o lançamento do projeto Cadeia Produtiva, que iniciou diversas atividades culturais.

No Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA), houve uma expansão de suas iniciativas culturais com ações que incluíram oficinas e cursos gratuitos, exposições, pesquisa e atividades educativas. O Museu fortaleceu sua missão de democratizar o acesso à arte e promover o diálogo com diferentes públicos, tornando-se um espaço cada vez mais vivo e efervescente no cenário cultural paranaense. Entre os destaques do ano, o projeto de residência artística do MCAA se consolidou como uma ponte entre artistas, público e acervo, promovendo trocas criativas e experiências transformadoras para os participantes. Ao todo, foram recebidos 10 residentes com uma diversidade de estilos e práticas artísticas.

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