Figura central na área cultural e ativista pela igualdade racial, Lobo faleceu aos 79 anos
A Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) lamenta a morte de Glauco Souza Lobo, ativista do movimento negro e figura central na área cultural do Paraná. Glauco faleceu na manhã desta quinta-feira (21), aos 79 anos.
Nascido em Niterói (RJ), em 1939, Lobo chegou a Curitiba em 1945. A cidade, como costumava dizer, era a sua grande paixão: desde garoto, envolveu-se na área cultural, em festas populares e de cultura afro-brasileira. Outro entusiasmo era pelo carnaval; foi presidente de escolas de samba como a Embaixadores da Alegria e a Não Agite, e dizia ser autor do primeiro samba-enredo da festa em Curitiba.
Na SEEC, Lobo trabalhou entre 2003 e 2011 na chefia da Coordenação de Incentivo à Cultura e no Grupo de Trabalho Clóvis Moura, responsável pela identificação de 90 comunidades quilombolas do Paraná. “Somos orgulhosos de havermos tido a oportunidade única de travar essa batalha retirando o véu de preconceitos, de má informação, do desconhecimento que encobria a existência de parcela tão significativa de nossa população e de nossa história”, escreveu Lobo sobre o trabalho, em 2010.
No ano passado, Glauco Souza Lobo foi uma das personalidades afro-paranaenses homenageadas pela SEEC no Mês da Consciência Negra pelo compromisso com a igualdade racial e protagonismo nas ações de valorização da população negra.
Lobo também foi secretário municipal do Turismo, presidente da Fundação Cultural de Curitiba e um dos fundadores do partido MDB.
O velório será na Capela do Cemitério Municipal São Francisco de Paula e o sepultamento na sexta-feira (22), às 11 horas, no mesmo local.